Gustavo Mendanha é um candidato sem partido. O prefeito de Aparecida é dado como certo na disputa ao Governo de Goiás em outubro próximo, no entanto, falta ao pré-candidato uma legenda para se filiar e, principalmente, a formação de um sólido eixo partidário que dê capilaridade e peso político ao seu projeto. Que Mendanha soa como um bom candidato ao eleitor goiano, isto parece um fato, mas sem uma estrutura compatível, a boa imagem parece ser insuficiente.
Depois de flertar com o Patriotas e aproximar-se de Marconi Perillo, numa sinalização de aliança (ainda não plenamente descartada), o pré-candidato aparecidense reativou antigos diálogos com o PL Nacional, com o PP de Alexandre Baldy e até mesmo com o PSD, que vê cada vez crescer a suspeita de Henrique Meirelles não será candidato ao Senado.
Com o PL surge a possibilidade de se tornar candidato do presidente Jair Bolsonaro em Goiás, assumindo o discurso conservador e puxando para si o agronegócio, que tradicionalmente sempre caminhou com Ronaldo Caiado. Paralelo a esta negociação entra o PP que pode tanto abrigar Mendanha quanto se tornar o partido a dar sustentação política. O PP tem candidato ao Senado, Alexandre Baldy, e mais de 30 prefeitos, sendo um dos principais partidos do Estado. Além disto, a legenda integra fielmente o bloco de apoio do Presidente da República.
No PSD, o diálogo irá demandar mais negociações, mas comenta-se que no esteio da desistência de Meirelles ao projeto do Senado, Wilmar Rocha poderia se tornar candidato a deputado federal ou mesmo suplente na chapa. O partido pode, ainda, tanto filiar Gustavo Mendanha como também indicar a sua vice, neste caso, o nome mais sondado é o da Pastora Isaura, mulher do senador Wanderlan Cardoso.
Na próxima segunda-feira (14) uma reunião poderá por fim a todo este suspense. É quando Gustavo Mendanha irá se encontrar com o presidente nacional do PL, Waldemar da Costa Neto.