Anápolis é a segunda cidade em Goiás com maior número de empresas. É o que mostra o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, divulgado recentemente e com base de dados do ano de 2020.
São 11.588 empresas, 5,8% do total existente em território goiano. Em primeiro lugar aparece a capital, Goiânia, com 72.042 empresas. Aparecida de Goiânia é a terceira colocada, com 11.135 empresas.
Os dados do Cempre mostram que a economia de Anápolis conseguiu se manter apesar da pandemia da Covid-19. No primeiro ano da disseminação do coronavírus, 2020, houve um crescimento de 7,76% no número de empresas na cidade: de 10.758 (2019) para 11.588 (2020).
Ou seja, em 2020 foram abertos 830 CNPJs em território anapolino. Houve também um crescimento nas empresas atuantes: 10.265 em 2019 para 11.073 em 2020, incremento de 7,87% de um ano para o outro.
Outro indicador positivo para a cidade diz respeito ao crescimento de 3,2% no quantitativo de pessoal ocupado nas empresas de Anápolis – esse também o comparativo de um ano para o outro. Em números absolutos, passou de 105.391 para 108.892.
Houve também um reflexo no número de pessoal assalariado na cidade. O Cempre aponta 94.063 em 2019 e 96.346 em 2020, uma elevação de 2,43%.
Entre salários e outras remunerações, a soma em 2020 chegou a R$ 3,293 bilhões em Anápolis. Esse montante representa um leve crescimento (0,17%) em relação a 2019, quando a cidade movimentou R$ 3,293 bilhões entre vencimentos e outros rendimentos.
Apesar desse crescimento, o salário médio mensal em Anápolis apresentou uma pequena queda. Em 2019, ele era de 2,6 salários mínimos e, em 2020, caiu para o equivalente a 2,3 salários-mínimos.
Goiás
O levantamento do IBGE mostra que em Goiás, no ano de 2020, houve o maior registro de unidades locais em toda série histórica, iniciada em 2006. O Estado tinha 200.669 empresas locais em 2020. No ano anterior eram 191.381, um crescimento de 4,85%. Em números absolutos são 9.288 unidades locais a mais de um ano para o outro.
Na estratificação, o Cempre mostra que a seção de Comércio que engloba a reparação de veículos automotores e motocicletas possui 79.300 unidades atuantes em Goiás, o que representa 39,5% do total do Estado. Esse é também o setor que apresenta maior número de pessoas ocupadas, empregando 365,4 mil, sendo 279,3 mil assalariadas. O salário médio mensal no segmento é equivalente a 1,8 salário mínimo.
A indústria de transformação é a segunda atividade econômica com o maior número de unidades locais: 15.654 e segunda também em ocupação de pessoal: 249.299, sendo 231.596 assalariados. O salário médio é equivalente a 2,3 salários mínimos.
A seção de atividades administrativas e serviços complementares é o terceiro segmento em número de unidades locais: 15.272. O setor empregou, em 2020, 141.039 pessoas, sendo 126.215 assalariadas. O rendimento médio foi de 1,5 salário mínimo.
Já o segmento da construção registrou 11.110 unidades locais, com um total de 75.85 pessoas ocupadas, sendo 60.912 assalariadas. O rendimento médio foi equivalente a 1,9 salário mínimo.
790 novas vagas de trabalho criadas em maio
Anápolis criou 790 novos empregos com carteira assinada em maio, de acordo com números divulgados ontem (28) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Foram 5.408 admissões e 4.618 desligamentos.
Houve um crescimento de 42% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foram gerados 556 novos postos formais de trabalho na cidade. O acumulado do ano, em 2022, é de 3.410 vagas de emprego criadas – são 25.892 contratações e 22.482 demissões em cinco meses.
O setor de serviços teve o melhor desempenho em maio, sendo o responsável pela criação de 416 empregos formais. Em seguida aparece a indústria, com a abertura de 203 novas vagas. O comércio apresentou saldo positivo de 152 novos postos.
A construção civil praticamente não gerou novos postos de trabalho: foram 453 admissões e 450 desligamentos em maio. Apesar disso, o setor acumula 681 novas vagas criadas no ano. Já a agropecuária, tradicionalmente com números baixos na cidade, teve 34 contratações e 18 demissões no quinto mês de 2022, um saldo de 16 novos postos de trabalho.
Goiás
Já Goiás criou 14.634 novos empregos formais em maio, com 78.147 admissões e 63.513 desligamentos. O setor de serviços teve o melhor resultado, com saldo de 5.823 novos postos de trabalho com carteira assinada.
A indústria goiana gerou 2.519 novas vagas de trabalho, enquanto o comércio abriu mais 2.417 empregos. O setor agropecuário teve saldo positivo de 2.236 novas vagas. Já a construção abriu 1.639 novos empregos formais.
Brasil
Em maio deste ano, o Brasil registrou um saldo de 277.018 novos empregos formais. No mês passado foram registradas 1.960.960 contratações com carteiras assinadas e 1.683.942 desligamentos.
Já o total de trabalhadores celetistas – ou seja, com vínculo formal de trabalho e direitos e deveres regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) – aumentou 0,67% em relação ao resultado de abril deste ano, passando de 41.448.948 para 41.729.858.
Na média nacional, os salários iniciais pagos a quem foi admitido em um novo emprego em maio foi de R$ 1.898,02 – valor R$ 18,05 menor que a média de R$ 1.906,54 calculada em abril.
No acumulado do ano, foi registrado saldo de 1.051.503 empregos, decorrente de 9.693.109 admissões e de 8.641.606 desligamentos (com ajustes até maio de 2022).
Os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas avaliados registraram saldos positivos em termos de criação de empregos formais. Tal como em abril deste ano, o setor de serviços voltou a ser destaque, com um saldo de 120.294 postos celetistas. Em seguida vêm as atividades ligadas ao comércio (+47.557 postos); indústria (+46.975 postos); construção (+35.445 postos) e, por fim, agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+26.747 postos).