A Prefeitura de Anápolis entregou na segunda-feira (25), a pista dupla que liga o Residencial Flor do Cerrado, na região do Recanto do Sol, à rodovia BR-153, uma alternativa de entrada e saída de bairros com grande população e que contavam somente com o trevo no entroncamento das BRs 153 e 414, frequentemente congestionamento nos horários de pico.
A expectativa é que essa obra reduza em cerca de 20% o fluxo de veículos no trevo, mas a melhoria de fato na região só acontecerá com a segunda etapa do projeto, que é a construção de uma passagem na BR-153, ligando a pista dupla recém-inaugurada à outra via do lado da rodovia, que por sua vez desembocará na Avenida Brasil. O prefeito Roberto Naves (PP) confirmou que essa obra, originalmente de responsabilidade do governo federal, será feita pela administração municipal. Ele deu os detalhes em entrevista coletiva.
Qual a importância dessa pista dupla?
Essa é uma importante obra na cidade de Anápolis, pois ela ajuda a desafogar a região da grande Recanto do Sol. Estamos aqui entregando para uso essa pista dupla que vai facilitar e muito a vida daqueles que moram na região norte. Entendemos que isso é só uma parte da obra. A segunda parte é a construção do viaduto, e essa pista dupla será ligada à pista do outro lado da BR-153, fazendo com que as pessoas que moram aqui possam chegar até a Avenida Brasil. É a prefeitura pensando na mobilidade, pensando realmente na qualidade de vida do cidadão. É por isso que estamos aqui hoje, para poder entregar essa obra que é tão importante para os moradores.
O senhor já disse que a prefeitura irá assumir a passagem da pista pela rodovia. Como está o andamento desse processo?
Tivemos uma reunião com o Dnit na semana retrasada e o órgão tem um projeto pronto, no que diz respeito ao básico para o RDC [Regime Diferenciado de Contratação] integrado e ele vai nos doar esse projeto. Ontem [24/7] por volta das 21h eu tive um contato com uma pessoa do Dnit pedindo para agendar para que o órgão pudesse fazer a entrega. Sabendo que já fizemos a parte que era da prefeitura, agora recebendo o projeto doado por parte do Dnit é só a gente fazer o resto da obra e aí sim poder dizer que tudo aquilo que havíamos comprometido com a população foi cumprido.
Qual a fonte dos recursos e o valor da obra?
A obra deve ficar em torno de R$ 22 milhões, R$ 23 milhões. É uma obra complicada, o terreno aqui é muito arenoso e com bastante água. Então é algo mais complicado. Quanto aos recursos, temos uma emenda do deputado Vitor Hugo na ordem de R$ 1 milhão e o resto do dinheiro a prefeitura vai custear com recursos próprios, que foi autorizado pela Câmara de Vereadores.
E a estimativa para conclusão desse projeto?
É um processo que é demorado, mas já era para ter começado. A gente ficou aguardando, realmente o ministério [da Infraestrutura] falou que iria realizar a obra, que nós poderíamos fazer a nossa parte e que quando essa parte nossa, que é a pista dupla, estivesse pronta, o viaduto ou a trincheira também estaria, mas não aconteceu. Depois ficamos aguardando que fosse incluída essa obra na questão do plano de trabalho da Ecovias Araguaia. Também não aconteceu. Chamei a concessionária lá no gabinete, perguntei qual era a previsão para construção dessa obra, se estava no plano de execução, e não está. A gente entende todas as dificuldades que o governo federal enfrenta, entendemos todas as dificuldades com relação às questões orçamentárias, principalmente nesse período eleitoral, mas eu tenho dito sempre que ninguém trabalha sozinho e nós só conseguimos melhorar a cidade de Anápolis porque temos um trabalho em conjunto com a Câmara Municipal, com o governo do estado e com o governo federal. Então se a prefeitura tem condições de fazer, a prefeitura precisa que faça, o importante é saber quem vai fazer mais rápido. Nesse momento temos recursos, temos o projeto pré-aprovado, a prefeitura vai assumir e fazer as trincheiras na BR-153.
Vai ajudar no crescimento da região?
Facilita bastante. Sabemos que na região sul já tem algo limítrofe no que diz respeito à Terezópolis, Goianápolis. No Posto Presidente, poucos metros para frente, já deixa de ser Anápolis. Na região leste temos um problema grave, que é questão da APA do João Leite. Então o crescimento vai acontecer para região norte e estamos bem no entroncamento disso. Se a gente olhar a BR-153 e a BR-060, que liga até Brasília, essa é uma região que poderíamos chamar de nordeste e essa via de escoamento é muito importante, não só para o trânsito, mas também para a valorização dos imóveis e para a qualidade de vida da população.
Quantos carros deixarão de rodar naquele trevo com essa pista dupla?
Temos estimativa que algo em torno de 20% passará por essa via. Esse fluxo acontece principalmente no final do dia, então é nesse período que teremos um impacto maior no trevo. As pessoas chegam pela BR-153 e vão entrar na pista para se dirigirem para suas casas. Como o viaduto não está pronto, a saída continua um pouco mais complexa, pois mesmo saindo por aqui ainda é preciso ir ao trevo. Então entendemos que no período da tarde, no retorno das pessoas para casa, vamos sentir um efeito positivo na entrega dessa obra, mas a partir do momento que entregarmos a trincheira, o viaduto, cerca de 80% das pessoas vão optar por passar aqui, que será muito mais ágil, perdendo menos tempo no translado casa-trabalho e trabalho-casa.