Servidores da rede municipal de educação de Goiânia aprovaram uma greve da categoria por tempo indeterminado. A decisão foi anunciada durante assembleia na manhã de ontem (15/3), realizada no Cepal do Setor Sul. As principais reivindicações são o pagamento da data-base e cumprimento do piso salarial.
Desde o começo do impasse entre servidores da educação e prefeitura, se acumulam na rede social do prefeito Rogério Cruz (REP) centenas de comentários cobrando pelo piso salarial.
Servidores que tecem comentários fazendo cobranças como o pagamento do piso ou mesmo acusando o prefeito de mentiroso: “que mentira nos acusar que recebemos além do piso”, afirma.Uma das servidoras chega a pedir que seu contracheque seja averiguado: “jogue justo prefeito, posso mandar meu contracheque para qualquer um olhar”.
O que passou despercebido por estas ativistas é que todos já tem acesso ao seu contracheque e de todos os servidores públicos. O portal da transparência da prefeitura é um órgão de controle das contas e serve para que toda a população fique de olho nos gastos do serviço publico.
Uma delas, que afirma não receber mais que R$6 mil, de acordo com o portal da transparência, recebe na verdade pouco mais de R$8 mil por mês. O mesmo salário que também recebe outra professora, a que classifica Cruz de mentiroso.
Mas há quem esteja muito longe dos R$3,8 mil do piso salarial. Uma das mais ativas nos comentários e ataques ao prefeito e que reivindica aumento de 33% em seus salários, recebe mensalmente R$ 11 mil. Se conseguirem o aumento que motivou a greve, seu salário pode passar dos R$ 14 mil mensais.
Negociação
A Secretaria Municipal de Educação (SME) se manifestou por meio de nota. No texto, diz que vai cumprir “o piso nacional atualizado em 2022 pelo Governo Federal, com o reajuste de 33,2% para professores em início de carreira”. Aos demais, que já recebem acima do piso, a proposta de reajuste foi de 7,5%. Já para administrativo, de 9,32%.
O reajuste parece mais que suficiente para quem já recebe valores considerados altos para boa parcela da população. Mas as reclamações continuam.