Faltam menos de cinco meses para que goianos de todas as regiões decidam o primeiro turno da eleição para o próximo inquilino do Palácio das Esmeraldas. Após uma tempestade de suspeitas, negociações, bastidores confusos, o cenário político começa a se desanuviar e os postulantes vão ficando mais evidentes.
Para a disputa contra Ronaldo Caiado (UB), o candidato oficial à reeleição, os nomes mais competitivos já postos são do deputado federal Victor Hugo (PL) e do ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha (Patri). Ainda corre a possibilidade do ex-governador Marconi Perillo (PSDB) também entrar nesta disputa, assim como há quem garanta que o projeto bolsonarista do major do PL não está totalmente consolidado podendo sofrer as intempéries da baixa intenção de votos.
O fato é que após um turbilhão de informações e negociações discretas, a pré-campanha de Ronaldo Caiado chega o final de maio com o mesmo vigor de dezembro, mês mais intenso nos bastidores. Sem perder musculatura partidária, entre as várias possibilidades aventadas de novos agrupamentos de blocos políticos, Caiado pouco ou nada perdeu em termos de quadros de pré-candidatos que apoiam sua reeleição e de partidos políticos que deixaram a sua base para reforçar outros projetos.
Dois destaques são o PSD e o PP. Tidos como legendas de fluidez no diálogo, as agremiações chegaram a ensaiar uma ruptura, mas seguem na base do governo. Com a pré-candidatua de Lissauer Vieira (PSD) ao senado, a legenda hoje ganha espaço para se integrar à chapa e ficar definitivamente com Caiado. Já o PP ainda depende das decisões do próprio governador, uma vez que tem Alexandre Baldy também como candidato ao Senado. Com uma vaga, o governador terá de fazer a sua escolha e é possível que uma das suas legendas se desprenda, assim como não seria surpresa se ambos partidos permanecerem na base caiadista.
“É natural que até julho, um ou outro partido caminhe em direção contrária, mas até o momento a sensação é de que o pior da tempestade política passou”, diz um marqueteiro influente no projeto caiadista que aposta neste dado – a permanência das legendas com o governador – como o grande motivo de se comemorar e manter o otimismo de que o projeto de reeleição chegará forte em setembro, quando a campanha ganhar definitivamente as ruas das cidades goianas.