Em um pleito acirrado e marcado pela disseminação de fake news nas redes sociais, cabe a cada eleitor checar os fatos para não ser enganado e não contribuir com a desinformação. Neste contexto, a busca por informação em fontes seguras passa a ser um desafio para o cidadão e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) possui algumas ferramentas que podem ajudar. São os aplicativos e-Título, Boletim na Mão, Resultados, Pardal e o Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições.
O aplicativo Boletim na Mão é ideal para o dia das eleições, já que permite que qualquer cidadão conheça os resultados apurados nas urnas diretamente do celular. Desenvolvido pela Justiça Eleitoral, o app fornece, de forma rápida e segura, todo o conteúdo dos Boletins de Urna (BU) impressos ao final dos trabalhos da seção eleitoral. O BU é o documento que contém o total dos votos recebidos pelos candidatos em cada seção.
Com esse aplicativo, o eleitor poderá checar a quantidade de votos que um determinado candidato obteve em uma urna específica. Segundo o assessor de suporte do cadastro eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), Marcio Duarte, a ferramenta pode ajudar o eleitor a ter acesso mais rápido ao resultado da apuração e permite que ele possa checar, por exemplo, se uma denúncia tem ou não fundamento.
Segundo ele, o eleitor pode também procurar o TRE pelo número de telefone 148 para dirimir qualquer dúvida sobre a apuração e resultados. O aplicativo Resultados é outra ferramenta que permite que o eleitor acompanhe a contagem dos votos em todo o Brasil a partir da consulta por nome do candidato. Ele informa, ainda, quem foi eleito e quem foi para o segundo turno.
Desinformação
O Sistema de Alerta de Desinformação Contra as Eleições é um canal na web desenvolvido pelo TSE. Lançado no último dia 25 de julho, permite o envio de denúncias de violações de termos de uso de plataformas digitais, especificamente relacionadas à desinformação ou disparo em massa sobre o processo eleitoral.
Na página do canal do TSE, são listados alguns exemplos de desinformação que podem ser denunciados. Nele, o eleitor seleciona o tipo de denúncia que pretende fazer (desinformação, discurso de ódio, disparo em massa, perturbação do ambiente democrático, vazamento de dados, comportamento inautêntico) e pode anexar arquivos e links referentes ao conteúdo da denúncia.
São exemplos de desinformação: informações equivocadas sobre a participação nas Eleições 2022, distorcendo dados relativos a horários, locais de votação e documentos exigidos; uso de contas falsas com a imagem da justiça eleitoral para compartilhar informações incorretar sobre as eleições; ameaças aos locais de votação ou a outros locais ou eventos importantes; informações não verificadas sobre fraude eleitoral, adulteração de votos, contagem de votos ou certificação dos resultados da eleição; veiculação de discurso de ódio e incitação da violência para atacar a integridade eleitoral e agentes públicos envolvidos no processo.
(Foto: reprodução/TSE)
Outro aplicativo do TSE que pode contribuir para a lisura da disputa eleitoral é o Pardal. A ferramenta foi desenvolvida para incentivar o eleitor a atuar como fiscal do pleito, denunciando a propaganda eleitoral irregular. O aplicativo possibilita fazer a denúncia em tempo real. Após baixar a ferramenta, é possível fazer fotos ou vídeos e enviá-los para a Justiça Eleitoral.
Entre as situações que podem ser denunciadas, segundo o TSE, estão a prática de propaganda irregular e a participação de algum servidor público em um ato de campanha durante o horário de expediente.
Há também o aplicativo e-Título, que informa o endereço do local de votação e fornece informações sobre a situação eleitoral. O aplicativo permite emitir certidões de quitação eleitoral e de crimes eleitorais. Segundo o TSE, esses documentos podem ser obtidos a qualquer momento. Os eleitores que estiverem fora do domicílio eleitoral no dia da votação poderão utilizar o e-Título para justificar a ausência.
Os aplicativos do TSE podeem ser baixados gratuitamente pelo eleitor no aparelho celular ou tablet pelas plataformas de compra de aplicativos (Google Play e Apple Store).